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Notícias > Monitoramento dimensiona os efeitos das mudanças ambientais

Publicado em 31/05/2007

 

 

As mudanças climáticas já são sentidas no planeta e devem causar alterações nas reservas de águas do Brasil e do mundo. Para evitar grandes transtornos no futuro, de acordo com o artigo “Vulnerabilidades às Mudanças Climáticas”, do pesquisador mestre em gestão ambiental, Daniel Conrado, da UFRGS, a solução está no “planejamento de ações que possam minimizar os impactos. Entre as ações possíveis, em primeiro lugar, é necessária a criação de indicadores de impacto e monitoramento. Alguns itens devem ser contemplados, como avaliação de riscos, avaliação de custos e um planejamento permanente”.

Segundo o coordenador técnico da empresa Ag Solve, Rafael Monteiro, atualmente, a empresa disponibiliza equipamentos que monitoram o nível de água de superfície, para o mercado. Eles auxiliam no planejamento de ações que minimizam o avanço dos impactos. Esse controle é necessário em escala mundial, pois, de acordo com o artigo “o derretimento e a conseqüente diminuição das principais geleiras das montanhas levam a problemas no abastecimento de água das cidades e a prejuízos na área do turismo”.

Já no Brasil, segundo o pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Pedro Dias, os aqüíferos da região central do País devem se reduzir, enquanto os da região sul, aumentarão. “É um fato que em  algumas regiões do Brasil, principalmente no Brasil Central, os  cenários climáticos futuros indicam que o período seco tende a ser  mais seco do que o normal. O período chuvoso tende a ser um pouco mais cedo e com chuvas mais concentradas. Se prevalecer os cenários de  chuvas mais intensas, deve haver maior escoamento superfícial e, portanto, um menor volume de água se infiltrará no solo. Por isso, os aquíferos receberão  menos água”, explica o pesquisador.

Alternativas para detectar e minimizar essa situação são criadas no presente. Como as estações plúvio-linimétricas, que monitoram os níveis de rios de forma direta ou por meio de vertedouros. “Agricultores, empresas, indústrias e até prefeituras as instalam em seus rios e córregos para fazer o monitoramento. Há ainda o Levelogger, que é um sensor de nível que pode ser inserido na tubulação de um vertedouro, para fazer a medição”, explica  Rafael Monteiro.

Além disso, segundo o artigo, “no caso das modificações esperadas nos regimes hídricos, seria correto promover a ecoeficiência no uso da água, o reflorestamento em regiões de mananciais, a gestão de bacias hidrográficas. Outra medida importante é estabelecer planos de emergência, como resgate de pessoas e animais e abastecimento emergencial de água”. Monteiro ressalta que “ por meio do monitoramento das águas, é possível medir as mudanças de nível ano a ano e, assim, considerar os efeitos da alteração do clima nos aspectos sociais, econômicos e naturais”.

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