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Publicado em 21/03/2012
Pesquisa conclui que abelhas são bioindicadoras de contaminação no ambiente

Através da coleta de alimentos, as abelhas teêm capacidade de armazenar elementos químicos que apontam indícios de contaminação

Estudo realizado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP) indicou que as abelhas são bioindicadoras de poluição no meio ambiente. Segundo Talita da Silveira, bióloga responsável pela pesquisa, “as abelhas operárias campeiras são insetos que fazem visitas exploratórias no ambiente para coleta de alimentos como o néctar e pólen. Nessas visitas, as abelhas entram em contato com vários segmentos do ambiente que podem estar poluídos e assim, levam informação para dentro da colmeia”.

A pesquisa, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Entomologia do Departamento de Entomologia e Acarologia (LEA) e com o apoio da Agência de Fomento FAPESP, analisou o pólen apícola coletado por abelhas Apis Mellifera no apiário do LEA, que contém em suas proximidades áreas agrícolas, industriais e urbanas. Dessa forma, quase todos os ambientes como solo, vegetação, água e ar, são explorados. "Durante este processo, diversos microrganismos, produtos químicos e partículas suspensas no ar são interceptados pelas abelhas e podem ficar aderidos ao seu corpo ou ser ingeridos pelas mesmas", explica Talita.

O estudo concluiu que os produtos apícolas são bioindicadores e podem monitorar o impacto ambiental causado por fatores biológicos, químicos e físicos. Além disso, podem ser uma forma de prevenir a contaminação ambiental.  “Analisando produtos como pólen, mel, geleia real e própolis, é possível saber se houve ou não contaminação no ambiente”, comenta a pesquisadora.

As condições meteorológicas do ambiente, de acordo com a pesquisadora, influenciam diretamente a qualidade da coleta do pólen, havendo assim interferência do clima nos parâmetros físico-químicos. “As plantas são influenciadas diretamente pelas condições climáticas como temperatura do ambiente, precipitação e umidade, o que pode favorecer ou não o florescimento dessas plantas. Dessa forma a qualidade do pólen que a planta irá produzir pode atrair insetos polinizadores, como as abelhas”, explica Talita.

Orientado pelo professo Luís Carlos Marchini, o trabalho foi realizado no período de fevereiro de 2010 a dezembro de 2011. “A coleta de material (o pólen) no campo se deu entre as estações do ano e teve seu inicio em julho de 2010 (inverno) e finalizada em junho de 2011 (outono) sendo realizadas duas coletas por estação”, detalha a pesquisadora.

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