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Notícias > Tratar resíduos é alternativa para controlar poluição

Publicado em 31/05/2007

 

   O ditado diz: “é melhor prevenir do que remediar”. Mas, em alguns casos, a empresa não pôde fazer um projeto de controle de resíduos. O impacto no meio ambiente e as conseqüências dessa atitude podem ser desastrosas. “Resíduos industriais, sejam eles líquidos ou sólidos, podem contaminar o solo e mananciais de água, se forem lançados sem o devido tratamento”, diz o pesquisador da Unicamp, especialista em qualidade da água, José Euclides Stipp Paterniani. “Toda produção gera um resíduo, que precisa ser destinado. Atualmente, há pressão para que as leis ambientais sejam cumpridas. O que gera uma maior procura por suporte e orientação ambiental”, analisa o responsável por controle de equipamentos e amostras da empresa BIOSOL, Dalton Stadler.

“Devido à grande variabilidade dos resíduos industriais, é importante caracterizá-los a fim de propor o tratamento adequado para minimizar os impactos destes ao meio ambiente”, afirma o pesquisador. Para isso, é preciso fazer análises físicas, químicas e biológicas dos resíduos por meio de empresas especializadas. Stadler explica que a BIOSOL oferece serviços geotécnicos em hidrogeologia ambiental e realiza a montagem, implantação e operação de sistemas de remediação. Para executar o monitoramento ambiental de áreas industriais, utiliza equipamentos da Ag Solve durante as campanhas de amostragem das águas subterrâneas. 

Durante a coleta de água são utilizados o medidor de nível de água e interface, quando há necessidade de se medir espessura de produto em fase livre.  Também é necessário um filtro de amostragem para parâmetros químicos, que retira resíduos sólidos da água. Stadler destaca que utilizam medidores de nível d’água, interface e filtros exclusivamente da Ag Solve, pois “são de fácil operação,  robustos e de boa durabilidade”. Segundo ele,  “para ter uma boa qualidade na execução de  projetos,  é preciso ter bons equipamentos”.

Os agentes poluentes produzidos pelas indústrias podem contaminar áreas muitas vezes distantes pelo solo e pelo ar.  “Há relatos de contaminação por metais pesados em hortaliças provocados por chuva ácida contendo metais e outras substâncias provenientes da poluição industrial”, exemplifica o pesquisador Paterniani. Em relação ao solo, “alguns contaminantes químicos possuem também grande mobilidade nesse meio, atingindo o lençol subterrâneo e contaminando-o. Assim, mananciais podem ter suas águas impróprias para o uso”, acrescenta.

Existem mecanismos que fiscalizam a poluição por resíduos industriais. Por exemplo, há a fiscalização e multa, por parte de órgãos competentes, como a CETESB. Há também a certificação ambiental ISO14000. Para Paterniani este último fator “é mais adequado pois “obriga” as indústrias a tomarem medidas de proteção ambiental, como tratamento de seus resíduos sob pena de perder a inclusão de seus produtos num mercado cada vez mais globalizado e competitivo”. Paterniani conclui dizendo que “o mais indicado é não contaminar o ambiente, seja o solo ou a água, tratando corretamente os resíduos e fazendo a disposição destes adequadamente”.

 

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