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Publicado em 09/03/2010
Manutenção correta em barragens evita acidentes

ESPECIAL: DIA MUNDIAL DA LUTA DOS ATINGIDOS POR BARRAGENS (14 DE MARÇO)

Estruturas dependem de reparos e melhorias constantes em seus procedimentos de segurança

Por Mauro Banderali *

Chuvas intensas estão castigando diariamente, praticamente todas as regiões do País. Várias barragens, sejam de água ou de resíduos, acabam não suportando o impacto das chuvas fortes, o que causa aumentos bruscos no nível da água ou encharcamento dos resíduos contidos, levando-as ao rompimento. Este tipo de acidente inunda as cidades, matando pessoas, animais e vegetação. Um acidente que poderia ser evitado apenas com a manutenção correta da barragem.

É preciso entender, que por se tratarem de estruturas complexas, diferentemente das demais obras civis, com um comportamento estrutural diferenciado durante sua vida útil, as barragens necessitam de medidas preventivas e corretivas ao longo do tempo, em conformidade com o seu projeto, o que inclui o trabalho de monitoramento.

Os sistemas de monitoramento precisam ser acompanhados continuamente, com registro e histórico de dados. Não podem ser deixados à própria sorte, sem cumprir às medidas de segurança necessárias para impedir a degradação de sua estrutura ao longo do tempo. Gastos com manutenção e monitoramento, na grande maioria das vezes, são vistos como desnecessários, porém, são vitais para evitar desastres ambientais e a perda de vidas, além de serem muito mais baratos do que recuperar eventuais danos.

Atualmente, a recomendação para este tipo de estrutura é a implantação de sistemas automatizados para medição e leitura do nível dos reservatórios e dos piezômetros no interno das barragens. Os equipamentos e softwares captam os dados em tempo real, enviando-os automaticamente para o banco de dados, agilizando o recebimento e a análise das informações, evitando acidentes e trazendo, conseqüentemente, muito mais segurança. Em alguns sistemas é possível ainda, a implementação de alarmes de forma a garantir uma ação rápida. Quanto maior for a frequência da coleta de dados, melhor será a previsibilidade do dano e o tempo de reação para evitar acidentes.

As empresas projetam e constroem as barragens, obedecendo normas técnicas específicas, mas não há a exigência por parte do governo, para que os responsáveis, proprietários e/ou gestores, sigam qualquer legislação para a implantação de sistemas de manutenção e monitoramento para estas estruturas. Por isso, a grande dificuldade de fiscalizar as barragens no Brasil e o alto índice de acidentes envolvendo estas estruturas. Não existe ainda uma lei que as regule, o que, muitas vezes, abre brecha para a negligencia.

*Mauro Banderali é especialista em instrumentação ambiental e diretor da Ag Solve.

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