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Notícias > Recursos hídricos precisam de investimentos

Publicado em 18/09/2007

A cidade de São Pedro, interior paulista, sediará, de 3 a 6 de dezembro, o Simpósio Nacional “Experiências em Gestão dos Recursos Hídricos por Bacia Hidrográfica”. O evento reunirá as principais experiências da área, desenvolvidas no País.  O Simpósio é uma realização do Consórcio PCJ e conta com o apoio da Agência Nacional de Águas (ANA), Ministério do Meio Ambiente, entre outros órgãos públicos ligados aos recursos hídricos nacionais.  O Consórcio PCJ trabalha com a bacia formada pelos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. 

 

Desde 2006, em rios federais das Bacias PCJ, é feita a cobrança para usuários que captam a água ou fazem lançamentos nos rios, como serviços de saneamento, indústrias e outros. O valor para se captar mil litros é R$ 0,01. Para consumir mil litros, paga-se R$ 0,02 e para o lançamento de um quilo de DBO (demanda bioquímica de oxigênio)  o valor é de R$ 0,10. A qualidade da água é gerenciada pela Cetesb e a quantidade pelo DAEE (Departamento de Águas Energia Elétrica).  A arrecadação obtida com a cobrança pelo uso da água em rios de domínio da União é destinada ao financiamento de projetos que beneficiem os  recursos hídricos, como formação e plantio de mudas de árvores, formação de educadores ambientais, entre outros. 

 

Atualmente, os Comitês PCJ priorizam investimentos no tratamento de esgoto, sendo que  65% dos recursos vão para medidas que o minimizem. Apenas 36% do esgoto, que é  coletado nos rios da bacia PCJ, são tratados, sendo que essa é uma das melhores porcentagens do Brasil . “A qualidade da água afeta a vida de qualquer um, nos processos industriais e nos serviços de saneamento. Atualmente, mesmo com tratamentos, não se consegue retirar todas as impurezas do rio”, afirma Dalto Fávero Brochi, sub-secretário executivo do Consórcio PCJ.

 

De acordo com Brochi, o maior problema enfrentado pelas bacias PCJ é a escassez de água, pois a disponibilidade hídrica na região, que abrange 63 municípios onde habitam mais de 5 milhões de pessoas, não passa de 1 mil m3/h/ano, bem abaixo do volume recomendável por organismos internacionais que é de 1,5 mil m3/h/ano. “Não adianta cuidar apenas de um rio ou de uma microbacia, pois estão englobados em um sistema maior. Uma microbacia pode estar bem conservada, mas se outras da mesma região não estiverem a qualidade dos rios a juzante será comprometida”, observa. 

 

Iniciativa privada

 

Atualmente o cuidado com os recursos hídricos é uma realidade também para a iniciativa privada. Um exemplo de investimentos para monitoramento da qualidade da água é a  Klabin, fabricante de papéis. “A empresa participa do Promab/Remam, que é uma rede de microbacias nas empresas florestais; projeto este liderado pelo Ipef/Esalq-USP. Foram instalados dois vertedouros (um em área de influência de mata nativa e o outro em área de influência de reflorestamento). A Ag Solve instrumentou estes vertedouros, de maneira que dados são colhidos através desses equipamentos”, informa Ivone Satsuki Namikawa Fier, coordenadora de P&D, Qualidade e Ambiência Florestal da empresa. Com o uso da tecnologia, “todos os dados ficam registrados e é possível coletá-los, monitorando as variáveis necessárias”, acrescenta.

 

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