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Notícias > Climatologia beneficia previsões e desempenhos no Pan

Publicado em 14/08/2007

 

               As informações meteorológicas ajudaram os brasileiros a alcançarem recordes de medalhas em jogos panamericanos.  A climatologia pode, também, auxiliar agricultores a conquistarem a segurança de produções maiores e os pesquisadores, na previsão de safras.  

No último Pan Americano, realizado em julho, no Rio de Janeiro, os 5648 atletas dos 42 países participantes receberam informações meteorológicas, em tempo real, divulgadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O órgão é vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Com os dados, os atletas se prepararam antecipadamente para as condições climáticas das provas.

Quem também pode se preparar para um melhor desempenho em função das informações sobre o clima, são os agricultores, prevenindo-se dos efeitos de secas e geadas.  Por outro lado, meteorologistas fazem a previsão da quantidade e qualidade das safras, analisando como será o clima dos próximos meses. Com ela, os produtores se orientam quanto à produção e possibilidade de comercialização. “A previsão de safras é um instrumento de suma importância para o planejamento estratégico do País, especialmente no que concerne à segurança alimentar. Como os preços são regulados principalmente pela lei da oferta  e demanda, a previsão de safra se torna também  tema de grande interesse para empresas que utilizam produtos agrícolas em seu ciclo produtivo;  e para investidores que tem na previsão de safra a informação sobre as tendências de preços das comodities agrícolas”, explica o pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária, Fábio Marin.

Os atletas também são investidores. Eles passam meses e até anos se preparando e planejando uma competição. Um imprevisto, como uma chuva não-anunciada, pode colocar tudo a perder. Ao receber a cada 15 minutos as condições de tempo atualizadas, os atletas puderam avaliar a influência da temperatura, das chuvas, do vento, da umidade, pressão atmosférica e radiação solar em suas performances. Ao todo foram 357 boletins de previsão do tempo, sendo três diários. Outros 11 alertas sobre ventos fortes, baixa umidade e chuvas fortes foram emitidos. As informações ficaram disponibilizadas no site oficial do Pan e no portal do Inmet.

 

Equipes

 

No Pan, uma equipe de oito profissionais cuidavam da coleta dos dados meteorológicos das sete estações meteorológicas automáticas instaladas próximas aos locais de competição, emitindo três boletins diários. A atividade recebeu apoio do Inmet/6º Distrito no Rio e do Centro de Hidrografia da Marinha. Os Quartéis da Vila Militar, de Copacabana, Escola Naval e da Infraero do Aeroporto de Jacarepaguá também colaboraram.

Já na agricultura, as equipes brasileiras  de previsão de safras das principais culturas agrícolas estão reunidas na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab):  é o Geosafras. “Nele são utilizados recursos de sensoriamento remoto, climatologia e modelagem para estimar com antecedência os números da safra”, informa Marin. A Embrapa é uma das convocadas para o projeto.  A  cultura da soja já foi classificada e faz parte do sistema da Conab. Ainda disputam uma vaga na equipe as culturas do milho e da cana-de-açúcar.

 

Classificação

 

A participação do Inmet no Pan Rio 2007, para Alaor Dall'Antonia, coordenador-geral de Agrometeorologia do Instituto, "foi uma oportunidade ímpar, pois permitiu que o Instituto desenvolvesse soluções específicas para atender uma demanda especial por informação meteorológica de qualidade, refletida nos resultados excelentes, atingidos pelas previsões de tempo com índices de acerto superiores a 95%”.

O setor Agrometeorológico brasileiro, segundo Fábio Marin, apesar do bom desempenho, ainda deve treinar para aumentar suas marcas. “Nos últimos anos fizemos importantes avanços em termos de serviços disponíveis e equipamentos. A Embrapa e a Unicamp já mantém um Sistema de Monitoramento Meteorológico disponível no website www.agritempo.gov.br. Ele reúne informações de todos os Estados do Brasil na forma de mapas, tabelas e boletins. Atualmente o sistema recebe dados de cerca de mil estações de
diferentes parceiros. Esse número ainda é pequeno, se considerada a extensão territorial brasileira e a baixa densidade de estações em algumas regiões do País”.

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