Notícias > Estiagem e excesso de chuvas são responsáveis pela maior parte dos danos causados no agronegócio
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Ventos climáticos intensos provocam danos à agropecuária do Brasil. A estiagem é responsável pela maior parte dos danos causados na agropecuária. Os eventos geraram prejuízos em milhões de hectares de lavouras. A zona representa à junção dos Estados do Rio de Janeiro e de Alagoas. A seca é o evento que mais causa danos aos produtores rurais, a escassez de chuvas é responsável por danos equivalentes a 87% das perdas na agropecuária, de acordo com um estudo realizado pela CNM.
O setor agrícola sofreu grandes danos com a estiagem e excessos de chuvas, trazendo uma perda de 6,8 milhões de hectares de lavouras entre os anos de 2013 e 2022. Em alguns Estados, os danos foram mais rigorosos, como Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Norte.
As áreas da economia, como indústrias e prestações de serviços, passaram por prejuízos com as mudanças climáticas, o efeito sobre a agricultura e pecuária, representaram cerca de 90% das devastações que as atividades privadas enfrentaram. O ano de 2022, foi o mais severo em relação aos danos, com um registro em torno de 22% de toda perda acumulada nos últimos 10 anos.
De acordo com a CNM, o clima hostil não obteve impacto sobre a economia da agricultura entre 2013/14. Já em 2015, os prejuízos correspondem a 2,7% do Valor Bruto da Produção (VBP) do setor agrícola. No ano de 2022, a porcentagem aumentou em torno de 8,7%. O Nordeste e Sul foram as áreas mais prejudicadas no Brasil devido as mudanças climáticas. No setor agrícola, o Estado do Rio Grande do Sul, passou a ser o mais afetado nos últimos 10 anos, com bilhões de perdas, subsequentes os Estados do Paraná e Minas Gerais. Já na pecuária, a estiagem afetou a região Nordeste, em especial o Estado da Bahia, com aproximadamente R$ 14,73 bilhões de danos.
Na região Centro-Oeste e Sul, o excesso das chuvas atingiu a produção rural, significativamente. Já no setor da pecuária, o excesso das chuvas causaram danos, principalmente no Mato Grosso do Sul e em Minas Gerais. O impacto dos prejuízos resultou na diminuição do valor da produção agrícola, uma queda de 30% do Valor Bruto da Produção (VBP), prejuízos econômicos acima do previsto pelo Ministério da Agricultura.
A estiagem e o excesso de chuvas provocadas pelas mudanças climáticas, afetou milhares de comércios, empresas e pessoas do ramo. O cenário aponta a importância do aprimoramento no método produtivo com aplicação em culturas adequadas ao clima do local e vigorosos à estiagem.
Revigorar técnicas de convivência com a estiagem, através de implantação de barragens e reservatórios, incentivos do uso de irrigação nas lavouras e pecuárias, reduzir prejuízos, movimentos de prevenção e gerenciamento dos riscos são primordiais neste cenário.