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Notícias > Chuvas em janeiro poderiam garantir abastecimento por 3 meses extras, se fossem armazenadas

Publicado em 26/01/2017

As chuvas voltaram. Pelo menos nesse início de 2017 não tem feito falta. As precipitações nas Bacias PCJ estão 30% acima da média, o que tem propiciado vazões firmes em todos os rios da região, inclusive com alguns transtornos para a comunidade com alagamentos. Levantamento feito pela equipe técnica do Consórcio PCJ aponta que apenas com o volume de água de uma semana seria possível garantir o abastecimento por pelo menos 3 meses de um município de 400 mil habitantes.

O Rio Piracicaba possui média de vazão para o primeiro mês do ano de 200 m³/s, no entanto, na semana de 18 a 23 de janeiro, apresentou vazões superiores a 600 m³/s, causando alagamentos na tradicional Rua do Porto, ponto turístico e referência da gastronomia piracicabana. Essa diferença de 400 m³/s nas vazões do Piracicaba correspondem a 141.690.000 m³ a mais de água.

Se essa água estivesse sendo armazenada seria possível criar uma reserva suficiente para abastecer a cidade por 90 dias, considerando que a outorga do município de Piracicaba é de 2m³/s.

O Consórcio PCJ mantém suas recomendações para os municípios reterem as águas das chuvas de verão para utilizá-las no período de estiagem que acontece de abril a outubro. Obras como a construção de bacias de retenção em áreas rurais e, dependendo do caso, até em áreas urbanas, são ações de curto prazo e baixo investimento e permitiria reservar as águas das chuvas que estão ocorrendo, além de alimentar o lençol freático para o período seco.

“Não é necessário grande investimento financeiro para essa iniciativa. As máquinas das prefeituras podem abrir as valas à beira de estradas vicinais e estas já estarão armazenando água, impedindo alagamentos e alimentando o lençol freático”, comenta o coordenador de projetos do Consórcio PCJ, José Cezar Saad.

As obras dos reservatórios em Amparo e Pedreira também são fundamentais para a disponibilidade hídrica das Bacias PCJ. Se já estivessem construídas, as barragens poderiam conter esses altos volumes de chuvas, tornando-se assim numa reserva estratégica para a região em períodos secos, além de os barramentos funcionarem como regularizadores de vazões, reduzindo deste modo, o risco de alagamento.

Exemplo disso é que está acontecendo com o Sistema Cantareira, que vem se recuperando mais rápido que o previsto devido a junção de dois fatores: chuvas acima da média e retiradas bem menores das vazões outorgadas. O sistema está enviando 0,10 m³/s, ou 100 litros por segundo, para as Bacias PCJ, enquanto a Grande São Paulo está recebendo 19,55 m³/s, o que tem permitido às barragens armazenar água e colocar o sistema operando a 58%.

O envio de pouco água do Cantareira para as Bacias PCJ se deve às altas vazões naturais dos rios da região, o que não demanda necessidade de mais água, ao mesmo tempo que as barragens funcionam como contenção de cheias. Nessa quinta-feira, dia 26, os rios das Bacias PCJ apresentam dois pontos de extravasamento (Rio Atibaia nos municípios de Atibaia e Itatiba), quatro de atenção (Rio Piracicaba em três pontos de medição e Rio Corumbataí), dois de alerta (Rio Atibaia em Campinas e Rio Jaguari em Jaguariúna) e um de emergência (Rio Atibaia em Paulínia).

Fonte: Assessoria de Comunicação Consórcio PCJ

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