Dicas e Soluções > Como fazer a manutenção correta do PID?

Os usuários de detectores de gases do tipo PID precisam de grande confiabilidade na leitura dos dados, para saber se um determinado local é seguro ou não, com relação à concentração de produtos explosivos ou tóxicos. Para assegurar uma avaliação correta, além da qualidade na hora da compra e/ou da locação do equipamento, é necessária a manutenção e calibração do detector de gases. Estes dois procedimentos são fundamentais e podem salvar vidas. Ambos devem ser realizados em laboratório e/ou técnico autorizado, em intervalos que não ultrapassem os seis meses.

 

Outra prática indispensável é a realização do chamado “teste de resposta”, que deve ser feito, no mínimo, uma vez ao dia. O “teste de resposta” é um procedimento simples onde o gás de referência é aplicado no equipamento, quando ligado no início do dia, e o usuário aguarda a finalização da leitura. Com erro máximo de mais ou menos 10%, o equipamento é liberado para uso. Caso contrário, é remetido a assistência técnica autorizada pelo fabricante.

 

A verificação da limpeza da lâmpada PID é outro procedimento fundamental. Em geral, ambientes com alta umidade relativa do ar, causam interferências nos sensores PID, que podem gerar valores acima do real. Por esta razão o equipamento deve ser testado em atmosfera isenta de VOCs, mas com alta umidade.  Se a leitura acusar valor próximo a 10 ppm, é hora de efetuar a limpeza da lâmpada. 

 

Para a limpeza da lâmpada é necessária uma leitura atenta do manual, além de ter em mãos o material necessário para sua calibração. Os aparelhos detectores de gases com sensores PID são mais sensíveis e precisos que outros sensores e precisam de maior atenção.

 

Vale lembrar, que a parte mais frágil do sensor PID é a sua lâmpada, que nunca deve ser retirada ou manuseada por pessoas não qualificadas. Somente a retirada da lâmpada do equipamento já implica na necessidade de uma nova calibração. O manuseio incorreto pode inclusive, causar a queima da mesma.

 

A manutenção de filtros limpos é outra questão de grande importância, visto que a baixa qualidade da amostragem do gás ambiente e a possibilidade de contaminação cruzada podem ocorrer quando os filtros não são trocados periodicamente. A vida útil do equipamento, e o tempo de resposta dos detectores de gases também estão diretamente relacionados a essa questão. Assim, manter os filtros limpos, por meio de uma troca programada é uma forma de manter o equipamento sempre disponível e com medições de qualidade.

 

A limpeza externa do equipamento pode ser feita pelo próprio usuário, mas a recomendação é que ele limpe o aparelho externamente, apenas com um pano umedecido de água, sem desmontar ou empregar produtos de limpeza. A desmontagem pode trazer problemas futuros de operação e os produtos químicos podem liberar solventes que além de manchar ou deteriorar os materiais, ainda podem trazer interferentes, causando alguns danos, visto que o equipamento foi desenvolvido para mensurar alguns desses solventes.

 

Para garantir uma vida útil maior do aparelho a campo, o usuário deve evitar choques mecânicos, além de todos os outros cuidados já citados, e jamais mergulhar o equipamento em água.